Na manhã do domingo 25 de outubro de 1953, começou a circular, na cidade, a notícia  de que um navio estava afundando no cais do porto, no Estreito, exatamente ao lado de um dos pilares da Ponte Hercílio Luz.

As pessoas foram até o local para testemunhar o adernamento inicial da embarcação ‘Unidos’, que vinha de Laguna com destino ao Rio de Janeiro.

O navio estava carregado com 5,6 mil sacos farinha de mandioca, 100 fardos de crina de cavalo e, o mais importante, 900 metros cúbicos de madeira (equivalente a 30 caminhões cheios de tábuas).

Os barcos dos pescadores artesanais da região começaram a chegar próximo ao barco, que afundava lentamente, deixando as tábuas flutuando na água.

O Jornal A Gazeta, de 26 de outubro de 1953, confirma a história:

“Dezenas de pequenos barcos apanharam as mercadorias que boiavam (…) Pudemos observar nas águas da baía sul, canoas transportando madeira e farinha, sendo que nos chamou a atenção um fato bastante pitoresco: uma canoa, repleta de saco de farinha, rebocava alguns taboados e pranchas de madeira, à guisa da jangada, sendo que em cima da madeira um homem remando”.

Nos dias posteriores ao afundamento e para não atrapalhar as atividades no cais, o navio foi ‘arrastado’, com cordas, por outros barcos, para o fundo do canal, a 30 metros de profundidade, praticamente no meio da Ponte Hercílio Luz, onde se encontra atualmente.

Foto: Desterro Antesdonte

Fonte: Floripacentro.com